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Marketing Zuckerberg não vai doar 99% do Facebook para a caridade. Informação é falsa



É falsa a informação divulgada com estardalhaço pela imprensa mundial que anunciou que Mark Zuckerberg pretendia doar 99% de suas ações no Facebook para a caridade.


A notícia sobre a criação da Iniciativa Chan Zuckerberg, junção do nome de Mark e o de sua esposa, Priscilla Chan foi veiculada pelos maiores órgãos da imprensa mundial de forma equivocada.


Para começar, a Iniciativa Chan Zuckerberg não é propriamente uma entidade beneficente, como muitos foram levados à crer.Na verdade, e conforme especificado no já mencionado documento endereçado à Comissão de Títulos e Câmbio dos EUA, trata-se de uma sociedade de responsabilidade limitada (Limited Liability Company — LLC, na sigla em inglês) – um tipo específico de empresa na qual os sócios não podem ser responsabilizados pelos prejuízos advindos da atividade da sociedade para além das suas quotas de participação.



De acordo com um interessante artigo publicado no jornal Houston Chronicle, uma LLC é um tipo de negócio em que os proprietários, chamados de sócios, “têm muito menos responsabilidade por ações e dívidas da empresa do que [em] uma empresa como uma corporação”. O jornal destaca que “Muitos novos empresários formam suas empresas como uma LLC (…) por causa das vantagens legais e fiscais”.



A notícia sobre a doação de 99% das ações de sua rede social também é falsa. o Facebook informou que Zuckerberg “não planeja vender ou doar mais de US$1 bilhão de suas ações no Facebook por ano” e que “ele pretende manter sua posição de votação majoritária”, o que significa que mesmo que fosse doar US$1 bilhão em ações por ano, Zuckerberg levaria 236 anos para alcançar a meta.



Ocorre que as doações de “até” US$1 bilhão por ano não será totalmente destinada à caridade e muito menos feitas por Zuckerberg ou pelo Facebook, mas sim pela LLC Iniciativa Chan Zuckerberg, com base em “lucros” em investimentos.



O fato é que a a Iniciativa Chan Zuckerberg, que receberá o dinheiro das ações, não é nem exclusivamente uma instituição de caridade, nem um fundo de caridade – fato confirmado via e-mail por uma porta-voz do Facebook.


É claro que a inciativa deverá contemplar, entre outras coisas, ações de “caridade”, como ampliar o acesso das pessoas pobres ao redor do mundo à internet e, consequentemente, ao Facebook. Neste caso, seria conveniente salientar que Zuckerberg, contruiu sua fortuna comercializando os dados pessoais de milhões de pessoas no mundo todo.

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