A presidente Dilma Rousseff reuniu um grupo de juristas no Palácio do
Planalto para produzir argumentos contra o pedido de impeachment. Mesmo contando
com o suporte dos especialistas em Direito, Dilma encontrou dificuldades para
apresentar uma justificativa coerente ao Brasil.
"Só
dentro da legalidade democrática, respeitando as regras, nós de fato
unificaremos o país", disse Dilma, admitindo e existência do colossal abismo
de credibilidade que criou no país.
Dilma também deixou escapar que o enquadramento do impeachment na legalidade
democrática é apenas de uma questão de tempo, pois já ficou claro que praticou
crime de responsabilidade fiscal: “as minhas contas, tanto a de 2014 quanto
a de 2015, não foram julgadas“, afirmou Dilma, diante da impossibilidade de garantir sua inocência.
Justamente por este motivo, (o fato das contas ainda não terem sido julgadas) a presidente demonstrou ter tanta pressa para que
o processo do impeachment seja avaliado antes da comprovação de que também
praticou crime de responsabilidade no atual mandato:
“Outra
questão que acho fundamental é que acho que todas as coisas se deem o mais
rápido possível. Numa situação de crise, como esta política e econômica, acho
que seria importante que o Congresso fosse convocado. Acho que não deve haver
recesso porque não podemos nos dar o direito de parar o país até 2 de
fevereiro. É justo que tenha um período de descanso no Natal e Ano Novo, mas o
Congresso pode voltar a funcionar logo em janeiro, quando passar o período das
festas, para julgar todas as coisas que estão pendentes. Não é correto o país ficar
em compasso de espera até 2 de fevereiro."
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams também deixou escapar que "Os
temas que são objetos desse procedimento estão ainda sob decisão", referindo-se
à caracterização da prática do crime de responsabilidade fiscal do governo
Dilma.
Acompanhe abaixo a fala da presidente, sem interrupção para análises:
"Só dentro da legalidade democrática, respeitando as regras,
nós de fato unificaremos o país. As minhas contas, tanto a de 2014 quanto a de
2015, não foram julgadas. Outra questão que acho fundamental é que acho que
todas as coisas se deem o mais rápido possível. Numa situação de crise, como
esta política e econômica, acho que seria importante que o Congresso fosse
convocado. Acho que não deve haver recesso porque não podemos nos dar o direito
de parar o país até 2 de fevereiro. É justo que tenha um período de descanso no
Natal e Ano Novo, mas o Congresso pode voltar a funcionar logo em janeiro,
quando passar o período das festas, para julgar todas as coisas que estão
pendentes. Não é correto o país ficar em compasso de espera até 2 de
fevereiro."
Mesmo com a ajuda de especialistas em diferentes áreas do direito,
econômico, criminal, constitucional e eleitoral, Dilma não conseguiu produzir
um argumento coerente sobre a suposta ilegalidade do processo que tramita contra ela no congresso.
@muylaerte