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Dilma e PT tentarão deturbar processo. Não foi Cunha que escreveu o pedido de impeachment


Dilma e o PT já deram indicação sobre como pretendem contestar o processo de cassação do mandato da presidente. A tática consiste em promover um duelo entre biografias e tentar atrelar o processo de impeachment à figura do controverso presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O processo é uma prerrogativa do poder legislativo, independente de quem esteja ocupando o cargo de presidente da Câmara. Cunha também não é o autor de nenhum dos 34 pedidos encaminhados por diversas entidades. 

Dilma e o PT tentam arrastar o caso para o debate pessoal, mas a questão é bem mais ampla que uma mera comparação de reputações. A sociedade espera que cada qual deva se defender os processos que pesam contra si.

Ao contrário do que Dilma e o PT tentam fazer parecer, o impeachment também não tem nada a ver com Golpe, pois sua tramitação depende de uma série de dispositivos legais e democráticos, com amplo direito de defesa. 

"Nesse particular, entendo que a denúncia oferecida atende aos requisitos mínimos necessários, eis que indicou ao menos seis decretos assinados pela denunciada [Dilma] no exercício financeiro de 2015 em desacordo com a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] e, portanto, sem autorização do Congresso Nacional", diz trecho da decisão de Cunha.

O processo de impeachment está previsto na constituição do Brasil e é um dispositivo democrático que tem por objetivo preservar a credibilidade das instituições do país. Em principio, qualquer brasileiro pode impetrar um pedido de impeachment de um presidente. Embora o pedido deva ser baseado em alguma irregularidade cometida pelo presidente, o fato é que se trata de um julgamento político.

Dilma não possui capacidade, credibilidade, apoio popular ou político para resgatar o país da crise econômica e política que é de sua responsabilidade e de seu partido. Neste aspecto, um espirro já seria suficiente para o acolhimento de um pedido desta natureza.  O país não pode se tornar refém da inépcia de um governante.


Por último, o pedido não possui nenhuma relação com a situação, reputação ou intenção do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele não é o autor do pedido e nem foi nomeado porta voz dos anseios da população. Além do mais, Cunha não possui nenhum envolvimento com os ilícitos cometidos por Dilma, como as mentiras durante a campanha eleitoral, as suspeitas de ter sido beneficiada pelo dinheiro roubado da Petrobras ou em relação ao episódio das pedaladas fiscais e o consequente crime de responsabilidade fiscal.

O pedido de impeachment tem a ver com uma série de circunstâncias totalmente alheias à vontade ou ao protagonismo de Eduardo Cunha, mas vai de encontro aos anseios de 90% da população do país.

@muylaerte

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